Para alguns você pode ser herói e para outros pode ser culpado
Por Pedro Paulo Morales
O filme “SULLY – O HERÓI DO RIO HUDSON” sobre o acidente de um avião ocorrido em 2009 quando uma revoada de pássaros atinge as turbinas da aeronave pilotada por Chesley “Sully” Sullenberger (no filme, Tom Hanks) traz uma lição importante para o mundo corporativo.
O que mais chama a atenção no filme é que mesmo tendo salvado 150 passageiros que estavam a bordo do avião e ter se tornado um herói nacional “Sully” enfrentou um rigoroso julgamento interno coordenado pela agência de regulação aérea nos Estados Unidos.
A investigação foi sobre um possível erro de procedimento do piloto frente a situação pois os especialistas em segurança de aviação diziam que “Sully” poderia ter posado em uma pista de pouso localizada em um dos aeroportos que estavam nas proximidades pois de acordo com os cálculos uma das turbinas estava funcionado.
No julgamento final depois de assistirem as simulações do voo ficou constatado que seria possível “Sully” ter posado em uma pista de aviação em vez de ter posado no rio Hudson.
Imediatamente o comandante do avião perguntou quantas simulações tinham sido feitas e obteve a resposta: Dezessete simulações.
Como curiosidade dessas 17 tentativa apenas 8 foram bem-sucedidas e posaram o avião e quando foi feita uma simulação onde o fator humano predominou o avião caiu.
O tempo para decidir sobre que estratégia usar e o tempo de impacto que “Sully” e seu copiloto Jeff Skiles tiveram para tomar a decisão foi de 20 segundos e tempo para o impacto de 3 minutos, uma decisão importante para bem pouco tempo!
Neste pequeno trecho fica uma lição: embora sempre depois do fato apareçam mais soluções, é necessário considerar o fator humano na decisão pois quando se decide rapidamente é preciso considerar fatores como, o cenário da situação, os riscos envolvidos e os objetivos a serem alcançados.
Em um artigo do portal UOL, Mauro Ramalho, proprietário da Delta 5 Simuladores, em São Paulo disse que os pilotos usaram as três regras fundamentais da aviação voar o avião, navegar e comunicar.
Fazendo um paralelo com o mundo corporativo o gestor quando tiver que tomar uma decisão com rapidez, onde a analise deve ser feita rapidamente, deve em primeiro lugar manter a empresa funcionando, buscar uma solução segura para conduzir a empresa ao seu objetivo e comunicar a solução rapidamente para que os prejuízos sejam mitigados. Em um segundo momento deve-se analisar o que não deu certo, não somente para enaltecer heróis ou punir vilões e sim para aprender e corrigir!
Vamos refletir sobre isso e sucesso!
Pedro Paulo Galindo Morales é Graduado em Gestão, Especialista em Controladoria, MBA em Gestão Estratégica de Pessoas e Técnico em Contabilidade. Atua também como Editor do Blog Falando de Gestão e Professor EAD www.falandodegestao.com.br , pedropaulomorales@yahoo.com.br