A malhação de Judas é um costume trazido pelos portugueses e espanhóis para toda a América Latina, a brincadeira acontece na semana santa, no sábado de aleluia e é feita principalmente entre os católicos que tem o costume de “malhar” ou queimar um boneco de pano que representa o personagem bíblico, Judas Iscariotes, que traiu Jesus Cristo com um beijo por 30 moedas e depois se arrependeu e se enforcou.
Todos têm na nossa vida alguém que em certo momento traiu a nossa confiança, pode ser um amigo de longa data, um companheiro (a), um chefe ou simplesmente um produto que adquirimos como um celular que começa a dar problema.
A traição não acontece apenas quando as pessoas falam por traz ou contam uma historia diferente quando o “caldo” entorna. As traições acontecem também quando não seguimos os nossos próprios pensamentos e crenças e geralmente estas são tão prejudiciais como as traições que os outros nos fazem e o que é pior é que muitas vezes nos impedem de desenvolver na vida e consequentemente de sermos felizes.
Nesse sábado de aleluia procure se livrar de seus pensamentos negativos como magoas ou ressentimentos ou medos de arriscar coisas novas com um bom emprego procurando perdoar as pessoas que te fizeram mal ou tomando uma decisão que leve você a um objetivo tão sonhado, pode ser que você tenha vontade de queimar um Judas que represente essas pessoas ou até você mesmo.
Digo que o perdoar é esquecer tudo nos fizeram e tentar recomeçar do zero. Perdoar pode ser simplesmente abençoar a pessoa que nos fez mal e dizer como disse Jesus: “Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais.” (João 8;11) porque perdoar e querer impor a nossa vontade para as pessoas não é o perdão que vem do coração devemos sim é compreender e apoiar. Se a pessoa não quer nossa ajuda ou suas atitudes não nos agrada devemos abençoa-la e nos afastar daquilo que nos faz sofrer para que não haja confusão e compreender que o nosso dever é servir o próximo desde que ele queira ajuda.
Se você ainda continua com a vontade de queimar seus “Judas” não faça isso, pense e reflita. Será que apenas umas palmadas não adiantariam?
Pedro Paulo Morales 