Por Pedro Paulo Galindo Morales

A fiscalização do Ministério do Trabalho encontrou, no final do mês passado, uma casa na zona norte de São Paulo com 15 bolivianos e um paraguaio que viviam e trabalhavam em condições que mais pareciam como a dos escravos. Eles produziam peças para a uma empresa fornecedora da marca de roupas Zara, que faz parte do grupo espanhol Inditex. Os trabalhadores tinham uma jornada de trabalho de mais de 15 horas por dia em uma casa, onde também moravam.

O salário que eles recebiam não era proporcional com o tempo de trabalho, e eles não tinham carteira assinada. Trabalhavam muitas vezes 20 horas por dia e ganhavam centavos por peças produzidas.

As peças produzidas tinham um custo de 7 reais para o proprietário da “indústria” o local era abafado, com pouca iluminação, sem ventilação e mal cheiroso, as janelas eram mantidas fechadas esconder o que acontecia no local.

A Zara teria 35 oficinas, que prestam serviços para ela  que podem usar o trabalho escravo, realizado por bolivianos. As autoridades brasileiras emitiram 52 autos de infração contra duas subcontratadas que produzem roupas e fornecem para a marca no Brasil, onde há trabalho escravo muitas dessas empresas pagam salários de R$400,00 por uma jornada de 12 horas por dia. A Inditex tem no Brasil cerca de 50 fornecedores estáveis que somam mais de 7 mil empregos (escravos?) e, segundo a empresa, seu sistema de auditoria social esta preparado para combater esse tipo de prática.

Durante a operação, auditores fiscais apreenderam dois cadernos com anotações de dívidas referentes à “passagem” e a “documentos”, além de “vales” que faziam com que o empregado aumentasse ainda mais a sua dívida. Os cadernos mostram alguns dos salários recebidos pelos empregados: de R$ 274 a R$ 460, bem menos que o salário mínimo vigente no país, que é de R$ 545 coisas assim apenas é vistas em regiões afastadas.

Esse tipo de prática é inaceitável em pleno século XXI, pessoas que se dizem empresários exploram a boa fé das pessoas, submetendo-as a regime de 12 ate 20 horas de trabalho apenas para ter lucros cada vez maiores, são atitude que não cabem nas modernas praticas de gestão, mesmo que se venha encontrar alguma justificativa, como altos impostos ou carga tributária ela será totalmente invalida porque nada justifica a exploração de um ser humano muito menos a ânsia pelo lucro (ganância) a qualquer preço.

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