Neste final de semana vi uma cena no transito que me deixou indignado. Um motorista de um carro buzinava sem parar atrás de um ônibus que estava parado, demorando a sair porque estava acionado a plataforma para um cadeirante ter acesso ao transporte público.

Não me contive e fui pedir para o homem ter mais paciência com a situação pois todos têm direito iguais de locomoção. O homem imediatamente parou de buzinar, mas os outros motoristas que estavam atrás continuaram a buzinar como se aquilo fosse resolver o problema.

  Depois da cena comecei a analisar a situação. Aquela pessoa que estava sendo elevada na plataforma talvez estivesse retornando para sua casa depois de um longo e cansativo dia de trabalho. Pense você leitor se uma pessoa que não tem nenhum problema de limitação física se cansa e se estressa depois de um dia de trabalho imagine então quem tem uma limitação física.

 Sei disso porque tenho um problema de coordenação motora e até aqui tenho alcançado meus objetivos, mas no meu ritmo. Fiquei imaginando quantas vezes essa pessoa que estava entrando no ônibus foi mal compreendida em seu trabalho, talvez cobraram dela uma agilidade que ela não tinha ou talvez falaram que ela era lenta ou fizeram bullying com ela por causa do seu problema, não falo somente dos dirigentes das empresas, mas os próprios colegas de trabalho. Em uma pesquisa feita pela Vagas.com e publicada pela revista Época aponta que uma em quatro pessoas com deficiência já sofreram bulliying no ambiente de trabalho.

Temos hoje as cotas para deficientes no mercado de trabalho, mas será que isso basta? Tenho acompanhado a evolução do mercado de trabalho para pessoas com deficiência e na maioria das vezes os cargos são de auxiliares, embaladores, frentistas ou auxiliar de serviços gerais. Onde estão os cargos de administradores, analistas, gerentes ou técnicos? Será que a culpa é somente dos gestores ou das pessoas com deficiência?  Digo que são das duas partes pois as pessoas com deficiência não encontram oportunidades, não estudam muitos anos e muitas vezes estar empregado já é o suficiente. Os líderes e gestores por seu lado tem que alcançar resultados e contar com a agilidade que o mundo corporativo impõe e não podem colocar essas pessoas para fazer qualquer tipo de tarefa.

Graças a deus tenho encontrado líderes e gestores que sabem respeitar meu ritmo e confiam no meu trabalho, mas fico pensando naquelas pessoas que não encontram quem acredite nelas e deem oportunidade para elas.

Qual a solução então? Tentar, líderes e pessoas com deficiência, compreender o lado da outra pessoa buscar, completar as competências um do outro como naquela fábula em que uma pessoa podia andar, mas era cega e a outra tinha uma boa visão, mas não podia andar, quando elas se uniram as duas atingiram seus objetivos.

Vamos refletir dobre isso e sucesso!

Pedro Paulo Galindo Morales é Graduado em Gestão, Pós-Graduado em Controladoria e Técnico em Contabilidade. Atua também como Coordenador de conteúdo do Blog Falando de Gestão   www.pedropaulomorales.com, pedropaulomorales@yahoo.com.br

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