Em uma cidade próximo da capital havia um grupo de estudo e o professor notou que Antônio há algumas semanas já não participava mais do grupo. O professor perguntou aos colegas do aluno se eles tinham visto Antônio pela cidade. José foi o primeiro a falar que Antônio já não ia á cidade faz 3 semanas e que não era visto mais nos lugares que costumava frequentar . Joaquim complementou a informação dizendo que toda manhã via Antônio indo para o trabalho, mas que não tinha mais chance de falar com ele devido ao horário e a correria do dia a dia.

            Passando mais algumas semanas o professor foi até a casa de Antônio, estava uma noite muito fria e o professor encontrou Antônio sozinho sentado na frente de uma lareira apenas em companhia de um copo de vinho, sem a companhia dos filhos e a esposa que estavam assistindo televisão ou conectados ao Facebook.

            Antônio sabendo o motivo da visita ofereceu uma cadeira ao homem que vinha de longe perto da lareira e esperou que o inicio da conversa.

            Os dois ficaram quietos por um algum tempo ate que o professor levantou da cadeira e foi em direção ao fogo que estava muito bonito que parecia dançar de um modo muito sincronizado onde cada chama desempenhava um papel nesse espetáculo. O professor escolheu a brasa mais vistosa e incandescente e a colocou de lado.

           O professor voltou para o sofá e sentou-se novamente.

         Antônio olhava tudo atentamente e sem palavras, pensava em como sua vida estava sem sentido e como o seu trabalho estava sufocante e pedia em suas orações que tudo melhorasse , queria falar com aquele homem, mas não tinha mais paciência para aguentar mais um sermão, igual aos que vinha aguentando nas ultima semanas, tanto em casa como no trabalho e agora vinha esse homem de longe com algum sermão preparado!

         Antônio deixou de lado esses pensamentos e prestou atenção na brasa que foi colocada de lado da fogueira e viu que ela começou a diminuir até que em um ultimo brilho se apagou e ficou em um canto morta e sem vida e a brasa que antes participava do balé da vida ficou encoberta por uma fuligem acinzentada.

         Os dois continuavam em silencio e antes de sair o professor tornou a colocar aquele pedaço acinzentado e inútil de carvão junto à chama proporcionada pelas outras brasas e rapidamente ele passou a incandescer e a contribuir com aquele magnifico espetáculo das chamas.

         Quando o professor alcançou a porta Antônio disse:

         – Obrigado. Por sua visita e pelo bonito sermão.

         Estou voltando ao convívio da minha família, me dedicarei mais ao meu trabalho e vou voltar ao grupo de estudo.

         Com essa pequena estória, podemos lembrar que todos são responsáveis por alimentar a fogueira da vida, e que sempre há períodos em nossa chama brilha menos que as outras  que cabe a nos seja como ser humano, lideres ou professores  manter a união das pessoas com a finalidade de nunca deixar a chama da vida se apagar. Não vale colocar lenha na fogueira (     tornar a situação pior).

         Vamos refletir sobre isso!

Pedro Paulo Galindo Morales é Graduado em Gestão, Pós- Graduado em Controladoria e Técnico em Contabilidade.   www.pedropaulomorales.wordpress.com, pedropaulomorales@yahoo.com.br

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